quarta-feira, 4 de maio de 2011

CHEGOU A HORA DA FOGUEIRA

"É noite de São João
O céu fica todo iluminado
Fica o céu todo estrelado
Pintadinho de balão....” 
                   
Lamartine Babo

                                                                       Por Jussara Midlej

Trazidas para o Brasil, pelos jesuítas portugueses, as festas juninas, em tempos remotos, coincidiam com o período em que os índios realizavam seus rituais de fertilidade e com a época de colheita do milho, do feijão e do amendoim. Tudo era comemorado com danças, cantos, rezas e muita comida.

Ao longo dos séculos, a tradição das danças e da riqueza culinária vem se mantendo em muitas cidades do  Nordeste brasileiro. Na Bahia, há alguns anos, a cidade de Jequié, que tinha no forró pé-de-serra o principal ingrediente da festa, ampliou suas possibilidades e vem se destacando como um importante centro difusor da cultura popular do ciclo junino, transformando-se, nesse período,  num espaço de convergência de muitas pessoas oriundas de variados centros urbanos.
Sabe-se os valores educativos da vivência e da preservação da cultura, fatores que, por si sós, justificam planos de investimentos públicos e privados, num clima convidativo, visando a ampliação do fluxo turistico para a microrregião: ninguém pode negar a potencialidade econômica que gera um ciclo cultural de festas.  

A Secretaria de Cultura do Município - encarregada especialmente da organização do São João - este ano começou a divulgar a festa cedo, ainda no Carnaval. Uma caravana foi deslocada para a capital no período momesco e sabe-se que, desde aí,  vem percorrendo vários municípios no sentido de anunciar o grande conjunto de eventos programados e, com isso, ampliar o fluxo turistico. Excelente iniciativa!
Enquanto isso, na Cidade-sol, desde que chegou maio e suas temperaturas mais amenas, a população começou a entrar, aos poucos, no clima junino: as roupas mais quentinhas - dos armários, vão ao sol; os espaços residenciais começam a ser repensados a fim de receber parentes e amigos; os jenipapos vindos das roças, perfumam as feiras, anunciando o gostinho adocicado dos licores, expressões autênticas da alegria junina! 
A hospitaleira gente de Jequié se mobiliza em formas, cores  e ritmos no sentido de acolher os visitantes e, ao mesmo tempo, curtir esses festejos encantadores. Que sejam todos bem-vindos!

Um comentário:

  1. êba! Me aguarde! Daqui pra pouco estaremos chegando!!! E esse ano, com os meninos já crescidinhos, vai ser mais animado!
    Beijos!

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