quarta-feira, 1 de junho de 2011

BAHIA: PROFESSORES E ALUNOS PROTESTAM NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA


Em torno de quatrocentos professores, funcionários e alunos das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), em greve há quase dois meses, estiveram ontem na Assembléia Legislativa e cerca de 200 deles, terminada a sessão, permaneceram acampados num anexo, ao lado do plenário. A ocupação começou ontem no fim da manhã e eles dormiram na galeria dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa na noite desta terça-feira (31).


O Movimento grevista unificado foi pedir apoio aos deputados estaduais para solucionar o impasse nas negociações com o governo do estado. Os professores pedem a retirada de uma cláusula do acordo salarial que congela os salários por quatro anos, além da revogação do decreto 12.583/2011, que prevê o contingenciamento de verbas das universidades. De acordo com os grevistas, na última sexta-feira (27), o governo retirou as propostas apresentadas na mesa de negociação em reunião na Secretaria de Educação e não apresentou novas proposições.

Representantes do governo consideram a proposta superada afirmando que houve uma recusa do acordo proposto - incorporação de gratificações que representam um reajuste salarial de 4% ao ano até 2014.

Para o coordenador do Fórum das Associações Docentes, Gean Santana, está havendo tentativas de pressionar os professores a retomar as aulas. "Primeiro o governo suspende o pagamento dos nossos salários e agora retira as propostas da mesa de negociação. Não vamos nos intimidar, pois isso só aumenta a nossa indignação e capacidade de luta", disse.

Assim, mesmo com a decisão da Justiça de considerar a greve dos docentes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) ilegal, a categoria diz que vai manter o Movimento.


O professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Gildásio Santana Júnior lembrou que, também os estudantes deflagraram greve e ressaltou a relevância da participação destes no Movimento. "É importante a permanência estudantil, porque é necessário que o governo crie residências estudantis e restaurantes universitários. Uma universidade pública precisa fornecer isso", defende.


Enquanto isso, há cerca de sessenta mil estudantes sem aulas e professores sem salários há dois meses. Fica o questionamento: a Educação é mesmo um bem essencial para a sociedade?

Com informações A Tarde online // Folha online
Fonte: http://revistabahiaemfoco.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário