sábado, 2 de julho de 2011

DOIS DE JULHO NA BAHIA

A Independência da Bahia é fundamental para compreender a história do Brasil. Poucos sabem, mas o Dois de Julho, foi escrita para além de personagens como Maria Quitéria e Joana Angélica. A importante participação da sertaneja que virou soldado e da religiosa que enfrentou um exército foram decisivas, mas é preciso lembrar que o que aconteceu na Bahia em 1823 foi incisivo para todos os brasileiros.

Já em 1822, o Brasil já havia declarado a emancipação, mas a Bahia, assim como Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro ainda continuavam sob domínio persistente dos portugueses. A luta de cunho popular, travada inclusive no Recôncavo Baiano, unida ao fortalecimento da Marinha e Exército brasileiros, garantiram a vitória baiana e brasileira. A data é um marco da força dos setores populares, do protagonismo feminino e da formação da identidade da Bahia.

Texto de Pedro Godinho,  Ong Carreiro de Tropa

O SOLDADO QUE NÃO ERA

Com vigor e consciência, o historiador brasileiro Joel Rufino dos Santos narra o episódio do Dois de Julho, uma página importante da História do Brasil, com a emoção de uma aventura.  Ele conta a história de Maria Quitéria (1792-1853), a heroína da Independência, que não hesitou em vestir farda de soldado para lutar pela liberdade do Brasil contra os portugueses, na Bahia. O livro conta a trajetória - na visão do autor -  de uma mulher que se veste de homem para lutar na guerra, na independência do país.  

O autor, além de historiador, é professor e escritor brasileiro. É um dos nomes de referência sobre cultura africana no país. Nascido no bairro de Cascadura, cresceu apreciando a leitura de histórias em quadrinhos. Já adulto, foi exilado por suas idéias políticas contrárias à ditadura militar então em vigor no país. Morou algum tempo na Bolívia, sendo detido quando de seu retorno ao Brasil (1973). Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde lecionou Literatura, como escritor tem extensa obra publicada: livros infantis, didáticos, paradidáticos e outros. Trabalhou como colaborador nas minisséries Abolição, de Walter Avancini, transmitida pela TV Globo (22 a 25 de novembro de 1988) e República (de 14 a 17 de novembro de 1989). Além disso, já ganhou diversas vezes o Prêmio Jabuti de literatura, que é o mais importante no país.

Fonte:http://ospensamentosdeallstar.blogspot.com/2010/01/o-soldado-que-nao-era-joel-rufino-dos.html

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