segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Imperdível: Aleilton na Casa da Cultura, em Jequié, dia 28


Aleilton Fonseca, escritor.
"A ficção viceja nas entrelinhas, nos vazios e nos silêncios da realidade".
"Sou um escritor, no sentido substantivo do termo. Na poesia e na prosa, escrevo sobre cidade e sertão, com forte inclinação para os temas interioranos, mas em consonância com as questões urbanas. Estou em trânsito, numa viagem que a cultura faz cotidianamente, entre universos em diálogo constante, tenso, rico e indispensável. O que interessa são as questões, os valores e as soluções que precisam ser discutidos, compartilhados e resolvidos. O campo tem muito a ensinar à cidade e vice-versa". [...]

"A cena literária baiana é muito produtiva. Mas falta ainda na Bahia uma política eficiente de formação de leitor e de distribuição do livro, de modo a elevar os índices de leitura e de formação de acervos. Os autores baianos encontram muita dificuldade para obter reconhecimento em sua própria terra. O reconhecimento tem de vir primeiro do centro-sul, o que os obriga a lutar por editoras do Rio e de São Paulo para existirem nas livrarias. Isso é uma luta árdua e nem sempre chega para todos, nem é suficiente para projetar seus nomes. O trabalho do escritor é árduo e os resultados não são garantidos. Creio que deveríamos nos unir, em busca de uma solução coletiva. Afinal, o brilho do céu não se faz com uma ou duas estrelas, mas com a luz das diversas constelações". [...]

"Tenho alguns projetos de livros em andamento, em crônica, conto, romance, poesia e ensaio. Eu trabalho com literatura todo dia, o dia todo. Assim, sinto-me útil e me realizo como pessoa. No mais, é tocar a vida, tendo a literatura como alimento, realidade e sonho".

Fonte: Revista MUITO N. 46. 8 de novembro de 2009.

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