Richard Gere e Winona Ryder no filme - Autumn in New York
Andei por aí reparando no charme dos homens de cinquenta.
é bem verdade que já não vestem 42
e nem são mais convidados para comerciais de shampoos,
mas há um quê absolutamente encantador em tais criaturas.
Um ar mais grave no olhar,
um sorriso comedido,
uma desfaçatez à qual escapa o leve tremor das mãos
frente ao inesperado.
Gosto de vê-los sonhar. Quietos, parecem fazer planos,
traçar estratégias e sorriem de leve, enquanto
intimamente gargalham entre alegres e nervosos.
Agrada-me particularmente um homem de cinquenta,ou de
quarenta, ou de sessenta, aos cinquenta.
Ele conhece de velocidades, intensidades, pressões e
desfaleceres.
A palavra certa brinca por sua boca, o silêncio
aprendeu a cochilar em seus lábios enquanto seus olhos
dizem o que for preciso.
Me atrai imensamente o andar tranquilo, quase em
passeio, sem pressa de amanhã, sem saudade do ano
passado. Senhor absoluto de seu tempo.
É um prazer vê-lo escolher um vinho com a calma de
quem conhece o cheiro das uvas, saborear um livro como
se revolvesse o mundo oculto em cada palavra, sorver a
melodia de cada nota, em alimento, observar o mundo
como obra em construção.
Infelizmente não são tantos os homens de cinquenta.
Felizes as mulheres que têm a sorte de cruzar com
algum deles na vida. Se o dia for de sol, valerá a
sombra de uma árvore, uma água geladinha, o cheiro do
mar... mas se for chuva, certamente gostarão de se
molhar!
Aila Magalhães. In: http://nossaspalavras.blig.ig.com.br/
Parabens pelo blog Sara. É verdade, nada como um homem maduro para nos acompanhar no entardecer calmo e tranquilo das nossas vidas. Grande beijo prá vc.
ResponderExcluirGoia