segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Estudando a Bossa - Nordeste Plaza"



Tom Zé, um dos criadores do Tropicalismo, construiu uma carreira solo marcada pela originalidade, que faz dele hoje um dos artistas brasileiros mais estimados internacionalmente. Gravou discos marcantes como 'The Best of Tom Zé' (1990), 'Jogos de Armar' (2000) e 'Estudando o Pagode' (2005).

Ao lançar, há um ano, o disco chamado "Estudando a Bossa - Nordeste Plaza" Tom Zé declarou ter tido "pesadelos sensacionais" porque gravou o que considera seu primeiro disco de músicas "cantáveis". Ele disse, na época:  "Eu inauguro um novo espaço na minha vida, onde faço pela primeira vez músicas melódicas, cantáveis, fáceis de amar..."

"As transformações são assim. Todos os pesadelos meus têm uma mortandade enorme. Eu mato milhões de pessoas e estou o tempo todo ameaçado de morrer" [...]. Tentei fazer essa coisa já que meu próprio espírito, graças ao tipo de leitura que tenho feito, graças ao tai chi que pratico, graças à mulher com quem sou casado, que é uma mulher culta [Neusa Martins], passou por uma transformação até ser capaz de criar um disco de bossa nova".
Nave extraterrestre - A Bossa Nova

"Na rádio Excelsior da Bahia, em agosto de 58, de repente tocou uma coisa que era imensamente absurda, uma nave extraterrestre pousando em nossos ouvidos e, ao mesmo tempo, estava entranhada em toda a história do samba que a gente conhecia", lembra o músico.  A partir daquele dia, avalia Tom Zé, os músicos de sua geração tiveram de "exacerbar sua capacidade perceptiva, para poder conviver com a chegada no planeta Terra da gravação de "Chega de Saudade'". O momento seguinte à chegada daquela nave, ele resume como "uma febre de neurônios, ansiedade e paixão" - ou, como diz na letra de "João nos Tribunais", "diante do desafinado, o mundo curva-se, desova".

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