quarta-feira, 24 de março de 2010

CHICO XAVIER


O longa que conta a história do médium mineiro, da infância à maturidade, estreia em circuito em 2 de abril, com a expectativa de se tornar um dos campeões de bilheteria do ano no país. Além de tratar de assunto de grande apelo popular, o espiritismo, o lançamento acontece na data em que Chico Xavier (1910-2002) faria 100 anos.
Quem assina a adaptação é Marcos Bernstein (de “Central do Brasil” e “Terra estrangeira”). “Decidimos que a infância não poderia ficar de fora, por talvez ser a parte mais dramática da vida do Chico. E muito menos a velhice, quando ele passa a usar peruca. Acho que essa é a imagem mais fresca que as pessoas têm dele”, diz o roteirista.
O ator Nelson Xavier, que interpreta o médium entre os anos de 1969 e 1975, ficou com a voz embargada ao descrever o personagem.
“Chico foi uma revolução em minha vida. A mensagem dele é que a gente tem que acreditar mais no amor”, explicou. “Eu vivia num ateísmo profundo antes de mergulhar no universo dele. Ao ler o livro fui tomado por uma cachoeira de emoções e lamentei ter vivido tanto tempo sem o Chico”.
Trama paralela é protagonizada por Orlando (Tony Ramos) e Glória (Christiane Torloni), pais que perderam o filho em uma tragédia e recebem uma carta psicografada das mãos de Chico Xavier. “Esse casal é o ponto direto de identificação com o espectador, é o que representou o Chico para todos nós: a possibilidade de ter de volta um filho, um parente querido que perdemos”, analisou Bernstein.
Além de Nelson, interpretam o médium na fase adulta e na infância os atores Ângelo Antônio e Matheus Costa. Completam o elenco Letícia Sabatella, Paulo Goulart, Giulia Gam, Pedro Paulo Rangel, Cássia Kiss, Luís Melo, Carla Daniel e Giovanna Antonelli.
A fé e a religiosidade foram um traço marcante das filmagens. Segundo o diretor era comum que figurantes chorassem muito nas cenas. “Principalmente em Uberaba, onde muitas pessoas estiveram com o Chico, havia muita comoção”.
Mas apesar desse tipo de relato, Filho faz questão de enfatizar que “Chico Xavier” não foi feito com a intenção de ser um filme religioso, sobre a doutrina espírita. “É a história de um brasileiro excepcional, que escreveu 412 livros e vendeu mais de 30 milhões no mundo todo”.

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