segunda-feira, 26 de julho de 2010

[...]
"_São as minhas memórias, Dona Benta.
_Que memórias, Emília?
_ As memórias que Visconde começou e eu estou concluindo. Neste momento estou contando o que se passou comigo em Hollywood, com a Schirley Temple, o Anjinho e o Sabugo. É o ensaio d'uma fita para a Paramount.
_Emília, exclamou Dona Benta, você quer nos tapear. Em memórias a gente só conta a verdade, o que houve, o que se passou. Você nunca esteve em Hollywood, nem conhece a Schirley Temple. Como se põe a inventar tudo isso?
_Minhas memórias, explicou Emília, são diferentes de todas as outras. Eu conto o que houve  e o que deveria haver..."
[...]   

LOBATO, Monteiro. Memórias de Emília. São Paulo: Ed. Brasilense, 1950.
"Pela rememoração, na linguagem e na narrativa, resgata-se o poder de ser no presente, no passado e no futuro, possibilitando tecer o sentido da história, não mais como um encadeamento cronológico, mas como um processo de recriação do significado. [...] Lembrar, nesse sentido, não é reviver mas refazer, reconstruir, repensar com imagens e idéias, de hoje, as experiências do passado. [...]".
                                       Sonia Kramer, 1998.

Um comentário:

  1. Quando menina, era apaixonada pelas histórias do sitio do pica-pau amarelo e sou fã dessa bonequinha,travessa,esperta,atrevida e ao mesmo tempo, maravilhosa.Sinto , por minha filha nao ter este mesmo amor. Mas combinamos muito bem em um pelo menos:Barbie.Ler ou até mesmo assistir sobre esses personagens com quem amamos, torna o momento mais gratificante.
    Parabéns pelo seu trabalho.
    Eliana,aluna curso de pedagogia,plataforma Paulo Freire.

    ResponderExcluir