sábado, 7 de agosto de 2010

"[...] Não fosse uma loucura, o amor não seria o que é: lírico e profundo, rebelde e transformador. Amar é a transgressão maior. É quando rompemos com a nossa solidão para inaugurar uma vida compartilhada e inédita. Isso é ou não é uma doideira?

E mais: poderíamos dizer que o amor é um processo de autodesconhecimento. Você nunca conviveu com a pessoa que começou a amar, portanto você precisa conhecê-la, e ela a você. Diante dessa página em branco, somos obrigados a nos passar a limpo, e para isso é preciso relativizar as certezas acumuladas até então e abrir-se para a formação de uma nova identidade. Passamos a ser recicláveis. O autoconhecimento nos dá respostas seguras sobre nós mesmos, mas segurança demais pode nos paralisar. O autodesconhecimento é que nos empurra pra frente. [...]"


Martha Medeiros
Fontes: Texto na íntegra:  http://blogs.abril.com.br/lenidavid?pageno=8

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