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Estranhem o que não for estranhoTomem por inexplicável o habitual
Sintam-se perplexos ante o cotidiano
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.
[...]
E façam sempre perguntas.
Caso seja necessário
Comecem por aquilo que é mais comum
[...]
Num tempo de confusão e violência
De desordem ordenada
De arbitrariedade proposital
De humanidade desumanizada
Para que nada seja considerado imutável
Nada, absolutamente nada
Nunca se dizer: isso é natural.
Bertolt Brecht, A Exceção e a Regra (1930).
Algumas passagens deste poema de Bretch estão em meu trabalho de conclusão de curso.
ResponderExcluirFaculdade de Comunicação, idos dos anos 80, na PUC-RS.
Tento levar o espírito destas palavras, quando posso, para minha poesia.
Abraço.
Ricardo Mainieri