Foto capturada na net

"[...] há algumas semanas vi o filme Tropa de Elite 2 e vi muitos comentários: que dá vontade de sair do Brasil, que dá vontade de desistir, face à corrupção e à inoperância do poder público. A realidade realmente choca. O filme retrata bem uma situação que está em nossas ruas. Mas meu pensamento ao terminar o filme foi exatamente ao contrário. Não de sair. Mas de vestir a camisa e consertar o que está errado. O país é nosso. Temos de arregaçar as mangas.

Longe de querer dar lição [...] Como todos vocês às vezes me deparo com situações em que fazer o certo não é o mais fácil ou fazer o certo implica um caminho mais difícil. Situações onde temos de fazer diferente do que qualquer um faria, pois a maioria nem sempre está correta, situações onde temos de puxar a fila e mostrar o caminho. Mas não podemos pegar atalhos para construir um país melhor. E isso passa pela política. E isso passa por nossa geração que comandará o país em breve.

Ser politizado não é demérito, pelo contrário, entender o que se passa e como funciona o poder público é fundamental para podermos atuar como cidadãos.

Mas para que realmente tenhamos um resultado diferente, não podemos fazer como sempre fizemos. E cada um, dentro de sua realidade, pode fazer sua parte. A construção de uma sociedade mais justa e ética parte de pequenas ações.

E num país que nem todos têm oportunidades de aprender e estudar, cabe a nós que, de alguma forma tivemos essas oportunidades que retornemos isso a sociedade em exemplos, atitudes, formas de conduta.

Ou você acha que o certo é 'pedir pra sair', como no bordão do Capitão Nascimento no primeiro filme"?

Marcelo Miranda

In: http://vocesa.abril.com.br/blog/marcelo/