Na contemporaneidade, o conceito de performance é muito utilizado nos estudos culturais e linguísticos: nestes, busca-se entendê-lo como uma ação programada para ser praticada no limiar de uma situação real e com uma linguagem que compreenda elementos variados que sintonizam com o mundo.
A performance se conecta com uma vertente interdisciplinar ao entrar em contato com uma pluralidade de linguagens do contexto sócio-cultural: dança, literatura, música, poesia, novas mídias, figurinos, expressões cênicas e plásticas, teatro de vanguarda etc.
As várias linguagens utilizadas em atos performáticos não se processam linearmente, e sim por uma sobreposição de exercícios de improvisação onde se misturam técnicas de teatro, dança, fotografia, música, cinema e literatura. Nos atos performáticos os participantes convertem-se em mediadores de um processo estético-social.
A performance, assim, se distancia do teatro denominado convencional, o qual se apóia numa dramaturgia, num tempo-espaço ilusionista e numa forma de atuação bem peculiar; no entanto, aproxima-se da teatralidade quando usa a intenção dramática num espaço cênico - algo está sendo apresentado para um público.
Imagem: Ato performático na Bienal do Livro, em Salvador, 2009.
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